Nova história de quadrinista de Rio Preto mergulha na ancestralidade do personagem Chico Bento e é destaque na Bienal do Livro de 2025
HQ foi lançada na Bienal do Livro no Rio de Janeiro, que aconteceu entre os dias 13 e 22 de junho, e encerra trilogia com o personagem. Obra aborda memória, a...

HQ foi lançada na Bienal do Livro no Rio de Janeiro, que aconteceu entre os dias 13 e 22 de junho, e encerra trilogia com o personagem. Obra aborda memória, ausência e a herança cultural da música caipira. História de quadrinista de Rio Preto mergulha na ancestralidade do personagem Chico Bento O quadrinista e ilustrador Walmir Americo Orlandeli, de São José do Rio Preto (SP), lançou durante a Bienal do Livro no Rio de Janeiro a HQ “Viola”, sua terceira adaptação do universo do Chico Bento. A obra marca o encerramento de uma trilogia autoral com o personagem criado por Mauricio de Sousa e traz como tema central a ancestralidade, memória e afeto. 📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp Orlandeli, de 51 anos, cresceu em contato direto com elementos da cultura caipira e afirma que falar do universo do Chico Bento é mergulhar nas “raízes do interior”. Para comprar o livro, basta acessar o link e consultar os valores no final da reportagem. 📖 Na trama, Chico descobre que seu avô Firmino, falecido antes de seu nascimento, foi um importante violeiro. Encantado com a figura do avô que não conheceu, ele recebe sua antiga viola, agora com apenas um par de cordas, e tenta se aproximar de suas histórias por meio das modas que ele compôs. Quadrinista de Rio Preto mergulha na ancestralidade do personagem Chico Bento em livro que fecha trilogia sobre o personagem. Arquivo pessoal Segundo o autor, a inspiração veio do desejo de explorar uma "afetividade diferente", uma saudade do que não foi vivido. “É uma HQ que fala de memória e afeto. De certa forma, é algo que transcende o conceito de finitude”, explica. “Essa questão de transformar e ressignificar o sofrimento pelos acasos da vida é um assunto que sempre merecerá atenção”, afirma. 🪕Vivências em história O livro compõe uma trilogia ao lado de "Chico Bento: Arvorada" (2017) e "Chico Bento: Verdade" (2021). Arquivo pessoal Em conversa com o g1, Orlandeli conta que para construir a narrativa, buscou referências na própria vivência. “Nasci e cresci no interior, muita coisa vem de dentro de casa mesmo. Fotos antigas, objetos…Nos extras da edição até conto um pouco sobre isso”, conta. Ele também se aprofundou na musicalidade da moda de viola, ouvindo artistas como Tião Carreiro e estudando o livro “A Moda é Viola”, de Romildo Sant’anna. “A Viola é um símbolo da cultura caipira”, diz. O processo de criação levou cerca de oito meses e teve como maior desafio, segundo Orlandeli, fazer o leitor “sentir a musicalidade presente na obra”. “Desenhos e textos impressos que buscam criar uma sensação de som dentro da cabeça do leitor”, compartilha. A recepção na Bienal foi calorosa, com boa resposta do público. “A história que eu tinha para contar eu já contei. Agora vamos ver qual é a história que o livro vai contar pra gente”, afirma o autor, que soma mais de 18,2 mil seguidores em uma das redes sociais. Apesar de “Viola” encerrar a trilogia com Chico Bento, Orlandeli não descarta uma nova aventura no futuro. “Fechamos uma trilogia. Isso por si já é bem legal. Acho que ainda é cedo para pensar em uma nova aventura na roça, mas, quem sabe…”, diz. Enquanto isso, o autor se dedica a novos volumes das séries “Lusco-Fusco” e “O mundo de Yang”, que completa dez anos em 2025. O livro foi lançado na Bienal do Livro 2025, que aconteceu no Rio de Janeiro, entre os dias 13 e 22 de junho. Arquivo pessoal Valores dos livros Capa dura: R$ 69,90 Cartonada: R$ 49,90 Ator mirim que vive Zé Lelé no filme do Chico Bento convida o público para estreia * Colaborou sob supervisão de Eric Mantuan Veja mais notícias da região em g1 Rio Preto e Araçatuba. VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM